quarta-feira, 14 de abril de 2010

Musiquinha

Keane - Somewhere only we know

Eu andei por uma terra desabitada
Eu conhecia o caminho como a palma da minha mão
Eu senti a terra sob meus pés
Eu sentei ao lado do rio e ele me completou

Coisa simples para onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar
Então me fala quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

Eu encontrei por acaso uma árvore caída
Eu senti seus ramos olhando para mim
Esse é o lugar que nós costumavamos amar?
Esse é o lugar com o qual eu tenho sonhado

Coisa simples para onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar
Então me fale quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

E se você tiver um minuto por que nós não vamos
falar sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso poderia ser o final de tudo
então por que nós não vamos
para algum lugar que só nós conhecemos
algum lugar que só nós conhecemos?

Coisa simples para onde você foi?
Eu estou ficando velho e preciso de algo em que confiar
então me fala quando você vai me deixar entrar
Eu estou ficando cansado e preciso de algum lugar para começar

Então se você tiver um minuto por que nós não vamos
falar sobre isso num lugar que só nós conhecemos?
Isso poderia ser o final de tudo
Então porque nós não vamos?
Então porque nós não vamos?

Isso poderia ser o final de tudo
Então porque nós não vamos
para algum lugar que só nós conhecemos?
algum lugar que só nós conhecemos?
algum lugar que só nós conhecemos?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Espartilho Moral

O espartilho vem de uma época em que o corpo da mulher não lhe pertencia.
Inventando na Grécia Antiga era pra satisfazer rígidos canônes de beleza, o espartilho ressurgiu na Europa medieval utilizando estranhos materias dignos da Santa Iquisição como hastes de madeira, barbatanas de baleia, arcos de aço, cordões elásticos e etc.
Hoje em dia o espartilho sobrevive como fetiche, já que o seu uso diário remete a esse tempo longíquo em que era um dos muitos símbolos de opressão não só de corpo mas de toda a conduta feminina.
Havia então um "espartilho moral" que não deixava a mulher se desviar da sagrada função de cuidar dos filhos, e educá-los, de seu macho provedor, ao mesmo tempo que a mantinha seu ar gracioso, porque ser bela era um obrigação.
Mas como um vício que custa a ser deixado, o espartilho está aí de volta - nunca foi banido.
O espartilho está de volta nas dietas massacrantes que as mulheres fazem, fizeram e com certeza vão fazer.
Está de volta na moda feminina - tempo de mragreza - em que não se desenham para as não magras porque a mulher só aceita seu corpo dentro da rígida estética.
Em tempos idos o espartilho causava doenças como escoliose, lordose, etc. A pior das "oses" era a tuberculose, fqacilitada pela má respiração que essa verdadeira "camisa-de-força" provocava, o que quase semore era fatal antes da ivenção da penicilina.
E o que dizer da anorexia e da bulimia, doenças da modernidade? Mulheres estão morrendo para atingir uma magreza cada vez mais inatingível.
Onde está a mulher livre, ciente de seus direitos? Ela está no cinema, nas novelas e nas propagandas sem magra, porque magreza é status, magreza é poder.
As novas "cinturinhas de vespa" fazem lebrar as antigas mulheres chinesas que aprenderam que era gracioso e feminino comprimir os pés com faixas até transformalos numa faixa disforme e dolorosa.
Quanta dor custa à mulher manter sua imagerm de liberdade e autoconfiaça? Mas há anestesia geral para aquelas que resolvem tirar algumas costelas numa cirugia. Mais espartilho que isso, impossível.
Onde está essa liberdade se a mulher, por meio subliminares, continua com a velha "obrigação de ser graciosa"? Em tese, os homens continuam preferindo as "gostosas", o que se não é traduzido por "magras", muito menos quer dizer "gordinhas".
É tudo muito sutil nesses tempos ásperos, e desmitificar a ideologia do diet-light exige esforço porque há um grande marketing por trás.
Algo parecido com o movimento hippie, que surgiu na década de 60 como uma alternativa de viver socialmente com uma genuína solidariedade e respeito à ecologia, ams que rápidamente foi devorado pela emergente economia globalizada e acabou reduzido ao chavão: "Sexo, drogas e rock'n roll"
As mulheres continuaram em seus espartilhos cada vezmais tiranos porque mais sutis, comprimindo o corpo e oprimindo a mente. Mas a verdadeira liberdade não pode ter peso, nem medida.

terça-feira, 5 de maio de 2009

não tão relevante

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Tenho andado distraído, impaciente e indeciso.
E ainda estou confuso, só que agora é diferente, estou tão tranqüilo e tão contente :3~




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segunda-feira, 9 de março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

Realeza nas Ruas

Houve um tempo em que o presidente da Republica ficava na porta do Teatro esperando a sua vedete favorita sair do trabalho. Outro frequentava as boates da moda do Rio, ia às premiéres do Municipal e até passeava no calçadão. Quando a capital se mudou para Brasília a moda entre os poderosos passou a ser esconder-se nos frios palácios de Niemeiyer e contato com o povo, só do alto de um palanque. Para Luís XIV, só falta a peruca.
Deve ser muito triste condenar-se a viver cercado de uma corte que só lhe diga sim e parabéns. Perder as delícias de ser contrariado , de encararar o diferente de frente, ser aplaudido ou até vaiado. E isso não vale só pára os políticos; tem artista que só põe o pé na rua com o assessor de imprensa, o maquiador e o personal stylist, que, convenhamos, não gongarão jamais sob pena de perder o santo salário do fim do mês.
Foi assim na famosa festa de Madonna em dezembro último, em São Paulo, em que ninguém podia se aproximar da diva sob o olhar fuzilante de seus oito seguranças. Madonna não conheceu ninguém novo, não foi apresentada a nenhuma novidade e só dançou mesmo com seus bailarinos e sua equipe. Vez por outra, colocava seus óculos escuros, será que era pra dormir? Eu teria morrido de sono.
Um Marido que só a ache bonita, inteligente e maravilhosa, que não tenha um 'ai' pra falar de você, que mande flores todo santo dia, que não dispute o controle remoto da TV (afinal, ele gosta de tudo o que você vê), ou, pior, que a chame de 'filhinha' - é ou não é caso de divórcio? E o amigo que diz amém pra tudo o que você faz, não importando se você ganhou na loto ou parou na linha de trem?
Outro dia, saindo pra comprar pão em Paris, me deparo com a ministra da economia, Christine Lagarde, chegando para despachar com o presidente a bordo de sua bicicleta. Nem sinal de batedores, policiais, sirenes aos gritos. Todo mundo sabia que era ela, e, claro, virava o rosto para assistir às suas pedaladas, mas sempre com cara de estar diante da coisa mais normal do mundo - e lá deve ser mesmo.
Quando o prefeito do Rio vai à estréia de 'Tom & Vinícius', toma chope e assiste aos fogos em Copacabana; quando o governador vai ao cinemae janta num restaurante lo-ta-do deixando os seguranças do lado de fora, como fez no domingo passado, eles se arriscam ao franco julgamento de plebe, que tem o poder soberano de aplaudir ou jogar-lhes uma sapatada.
Eles devem voltar para seus palácios felizes por terem pelo menos uma noite como pessoas 'normais' - que, aliás, eles não são. Tem gente que acha demagogia e marketing; e pode até ser. Beijo, me liga, até amanhã.

Bruno Astuto