quinta-feira, 7 de maio de 2009

Espartilho Moral

O espartilho vem de uma época em que o corpo da mulher não lhe pertencia.
Inventando na Grécia Antiga era pra satisfazer rígidos canônes de beleza, o espartilho ressurgiu na Europa medieval utilizando estranhos materias dignos da Santa Iquisição como hastes de madeira, barbatanas de baleia, arcos de aço, cordões elásticos e etc.
Hoje em dia o espartilho sobrevive como fetiche, já que o seu uso diário remete a esse tempo longíquo em que era um dos muitos símbolos de opressão não só de corpo mas de toda a conduta feminina.
Havia então um "espartilho moral" que não deixava a mulher se desviar da sagrada função de cuidar dos filhos, e educá-los, de seu macho provedor, ao mesmo tempo que a mantinha seu ar gracioso, porque ser bela era um obrigação.
Mas como um vício que custa a ser deixado, o espartilho está aí de volta - nunca foi banido.
O espartilho está de volta nas dietas massacrantes que as mulheres fazem, fizeram e com certeza vão fazer.
Está de volta na moda feminina - tempo de mragreza - em que não se desenham para as não magras porque a mulher só aceita seu corpo dentro da rígida estética.
Em tempos idos o espartilho causava doenças como escoliose, lordose, etc. A pior das "oses" era a tuberculose, fqacilitada pela má respiração que essa verdadeira "camisa-de-força" provocava, o que quase semore era fatal antes da ivenção da penicilina.
E o que dizer da anorexia e da bulimia, doenças da modernidade? Mulheres estão morrendo para atingir uma magreza cada vez mais inatingível.
Onde está a mulher livre, ciente de seus direitos? Ela está no cinema, nas novelas e nas propagandas sem magra, porque magreza é status, magreza é poder.
As novas "cinturinhas de vespa" fazem lebrar as antigas mulheres chinesas que aprenderam que era gracioso e feminino comprimir os pés com faixas até transformalos numa faixa disforme e dolorosa.
Quanta dor custa à mulher manter sua imagerm de liberdade e autoconfiaça? Mas há anestesia geral para aquelas que resolvem tirar algumas costelas numa cirugia. Mais espartilho que isso, impossível.
Onde está essa liberdade se a mulher, por meio subliminares, continua com a velha "obrigação de ser graciosa"? Em tese, os homens continuam preferindo as "gostosas", o que se não é traduzido por "magras", muito menos quer dizer "gordinhas".
É tudo muito sutil nesses tempos ásperos, e desmitificar a ideologia do diet-light exige esforço porque há um grande marketing por trás.
Algo parecido com o movimento hippie, que surgiu na década de 60 como uma alternativa de viver socialmente com uma genuína solidariedade e respeito à ecologia, ams que rápidamente foi devorado pela emergente economia globalizada e acabou reduzido ao chavão: "Sexo, drogas e rock'n roll"
As mulheres continuaram em seus espartilhos cada vezmais tiranos porque mais sutis, comprimindo o corpo e oprimindo a mente. Mas a verdadeira liberdade não pode ter peso, nem medida.

terça-feira, 5 de maio de 2009

não tão relevante

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Tenho andado distraído, impaciente e indeciso.
E ainda estou confuso, só que agora é diferente, estou tão tranqüilo e tão contente :3~




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segunda-feira, 9 de março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

Realeza nas Ruas

Houve um tempo em que o presidente da Republica ficava na porta do Teatro esperando a sua vedete favorita sair do trabalho. Outro frequentava as boates da moda do Rio, ia às premiéres do Municipal e até passeava no calçadão. Quando a capital se mudou para Brasília a moda entre os poderosos passou a ser esconder-se nos frios palácios de Niemeiyer e contato com o povo, só do alto de um palanque. Para Luís XIV, só falta a peruca.
Deve ser muito triste condenar-se a viver cercado de uma corte que só lhe diga sim e parabéns. Perder as delícias de ser contrariado , de encararar o diferente de frente, ser aplaudido ou até vaiado. E isso não vale só pára os políticos; tem artista que só põe o pé na rua com o assessor de imprensa, o maquiador e o personal stylist, que, convenhamos, não gongarão jamais sob pena de perder o santo salário do fim do mês.
Foi assim na famosa festa de Madonna em dezembro último, em São Paulo, em que ninguém podia se aproximar da diva sob o olhar fuzilante de seus oito seguranças. Madonna não conheceu ninguém novo, não foi apresentada a nenhuma novidade e só dançou mesmo com seus bailarinos e sua equipe. Vez por outra, colocava seus óculos escuros, será que era pra dormir? Eu teria morrido de sono.
Um Marido que só a ache bonita, inteligente e maravilhosa, que não tenha um 'ai' pra falar de você, que mande flores todo santo dia, que não dispute o controle remoto da TV (afinal, ele gosta de tudo o que você vê), ou, pior, que a chame de 'filhinha' - é ou não é caso de divórcio? E o amigo que diz amém pra tudo o que você faz, não importando se você ganhou na loto ou parou na linha de trem?
Outro dia, saindo pra comprar pão em Paris, me deparo com a ministra da economia, Christine Lagarde, chegando para despachar com o presidente a bordo de sua bicicleta. Nem sinal de batedores, policiais, sirenes aos gritos. Todo mundo sabia que era ela, e, claro, virava o rosto para assistir às suas pedaladas, mas sempre com cara de estar diante da coisa mais normal do mundo - e lá deve ser mesmo.
Quando o prefeito do Rio vai à estréia de 'Tom & Vinícius', toma chope e assiste aos fogos em Copacabana; quando o governador vai ao cinemae janta num restaurante lo-ta-do deixando os seguranças do lado de fora, como fez no domingo passado, eles se arriscam ao franco julgamento de plebe, que tem o poder soberano de aplaudir ou jogar-lhes uma sapatada.
Eles devem voltar para seus palácios felizes por terem pelo menos uma noite como pessoas 'normais' - que, aliás, eles não são. Tem gente que acha demagogia e marketing; e pode até ser. Beijo, me liga, até amanhã.

Bruno Astuto

domingo, 11 de janeiro de 2009

Até depois do Carnaval.

Ano novo, vida novíssima.

dois mil e nove, bem vindo.
espero realmente que esse ano continue do jeito que ta começando, ma-ra-vi-lho-so.
Dois mil e oito foi um ano muito bom, admito. Acho que eu aprendi a me dar valor, é muito ruim cair de cabeça numa relação e morrer na praia no final, apesar de que, conheci uma pessoa que me ensinou o que é gostar de alguém, e não me fuder no final. né mesmo?
Eu tenho estado tão sentimental ultimamente, tenho tido a nescessidade de me apaixonar.

Mas isso não é pra agora, não é o momento certo.
Agora, espero que com essa revira-volta que eu tô pra passar me ajude a reconstruir minha auto-confiança.

E, por fim, Ultimo ano, vestibular, teatro, inglês e pessoas novas que me aguardem, porque eu tô vindo com tudo.
beijosmeliga:*